De Mente Nua: Benditas.

Foi ouvindo uma música que me deparei com uma das minhas inúmeras facetas e hoje é sobre ela que vou escrever. Eu escondo muito esse lado da minha personalidade, mas negar não é suficiente pra acalmar esse sentimento que grita e nunca esta saciado... Quer sempre novidades, vive com pressa, e só se interessa pelo desconhecido.

A música se chama “Bendidas”, é uma composição de Mart'nália & Zélia Duncan.

Sabe quando você ouve uma musica e se enxerga nela, e você pensa, “meus Deus” parece que me conhecem, ou escreveram por mim...

Pois essa música é assim na minha vida.

Vou colocar um trecho e vou comentar, afinal a música “Benditas” fala de mim, melhor que eu mesma.

“Benditas coisas que eu não sei

Os lugares onde não fui

Os gostos que não provei

Meus verdes ainda não maduros

Os espaços que ainda procuro

Os amores que eu nunca encontrei

Benditas coisas que não sejam benditas”

Gente, quem me conhece sabe que sim, eu sou atirada, sou doce e rebelde, sou a vida agora, e aquilo que ainda não experimentei.

È sim, eu sou uma pessoa que sente falta de alguma coisa que nem sei o que, sinto vontade de comer algo que talvez nem exista, eu amo amores que ainda não encontrei, e acho o máximo lugares que nem fui! AINDA, e digo mais, eu vou.

Eu vou procurar por esses lugares, eu vou provar o que ainda no provei, vou amar como ainda não amei, e sei que ainda vou amadurecer meus pontos verdes.

Em uma conversa ainda ontem com um grande amigo de anos... eu dizia que eu e ele poderíamos ter vivido outras histórias se nós... Mas o “se” é tão complexo... Nós não vivemos dez anos atrás, e não dá pra viver hoje, não vivemos cinco anos atrás e não da pra recuperar... Não somos os mesmos, cada um de nós teve de viver suas histórias, e sem muito “mas” ou “se”...

Eu ainda o disse que poderíamos colocar um ponto final e começar outra história. E aí foi ele que me intrigou, disse que, pra ele não tem ponto final, enquanto viver. Eu retruquei dizendo que a “nossa história” era cheia de vírgulas e que ali colocaríamos mais uma, e deixaremos pra viver se é que vamos algum dia, essa história daqui um tempo, e quem sabe até mais uns dez anos...

E no que essa conversa me lembra essa musica?

Em tantas coisas... “Benditas coisas que não sejam benditas..”

Acho que nossa história lá atrás não foi “bem-dita”, não ficou clara, e também não ficou obscura...

Então eu digo, “benditas coisas que não sejam benditas”, afinal mesmo não tendo sido bem-dito, foi uma historia "bendita".

Tem até uma outra parte dessa música que diz:

“A vida é curta

Mas enquanto dura

Posso durante um minuto ou mais

Te beijar pra sempre o amor não mente, não

mente jamais”

E enquanto dura, mesmo que dure um minuto... pra mim significa um sempre. Sou intensa.

A música, assim como eu... diz isso:

“Bom é não saber o quanto a vida dura

Ou se estarei aqui na primavera futura

Posso brincar de eternidade agora

Sem culpa nenhuma”

Ah, benditas as pessoas que sabem viver assim. O agora. E quem não se preocupa com o quanto a vida vai durar, e se deixa viver brincando de eternidade... sem culpas.

Benditas coisas que ainda não vivi, mas que já estou pronta!!